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Arquitetos de família

Um workshop que faz a ponte entre o conhecimento produzido na universidade e os problemas habitacionais reais de quem não tem capacidade económica para os resolver.

Promover a articulação entre os profissionais e o território

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O que fazemos?

O workshop “Arquitectos de Família” surgiu pela primeira vez em 2018, quando o Habitar Porto fez a ponte entre a Junta de Freguesia do Bonfim (que tinha um programa de pequenas reparações em casas de ilha: o Casa Reparada Vida Melhorada) e o Centro de Estudos da FAUP (a quem interessava desenvolver práticas formativas em contexto real de trabalho). O intuito do trabalho é perceber as necessidades dos residentes e o potencial de transformação do edificado, à luz dos regulamentos existentes, para cumprir todos os requisitos legais possíveis e mobilizar financiamento estatal para reabilitar as ilhas em benefício de quem lá mora.

O nome do workshop é um jogo de palavras com o conceito de "médico de família" porque a habitação é um dos principais factores que influenciam a saúde. As más condições de habitação geram grandes iniquidades sanitárias, pelo que investir em habitação de qualidade, para além de todas as vantagens sociais que acarreta, representa uma poupança considerável em cuidados de saúde.

Enriquecer a formação académica através da intervenção em contexto real

Para que o fazemos?

Prestar um serviço especializado de qualidade a quem não o pode pagar

O workshop tem dois grandes objectivos. Por um lado, qualificar as obras a partir do envolvimento dos estudantes (orientados pelo Habitar Porto e investigadores da FAUP). Por outro, preparar os estudantes para uma prática profissional que permita dar melhores resposta a situações de habitabilidade precária, a partir do conhecimento das condições reais de trabalho.

Como o fazemos?

Reunir equipas de estudantes com o intuito de reabilitar ilhas em benefício de quem lá mora

A selecção dos casos de estudo pode ser feita por duas vias: ou por sinalização das juntas de freguesia, ou por contacto dos proprietários. O primeiro passo é uma abordagem geral à ilha e ao seu enquadramento urbanístico, através da consulta ao PDM e à cartografia antiga relevante. De seguida faz-se um levantamento físico e, se for o caso, social. A necessidade de ouvir as vozes dos residentes deve-se ao interesse em fazer um projecto que espelhe as necessidades de todos, a partir dum programa em que todos se revejam. Finalmente, cruzando o existente, o desejável e o possível, constrói-se um projecto de intervenção que aborda várias escalas, desde a dimensão urbana ao pormenor construtivo, baseado em constrangimentos e condicionantes (físicas, sociais, orçamentais, regulamentares) reais.

O workshop assume um formato de atelier, trabalhando-se em equipa sob orientação de membros do Programa Habitar. O trabalho, apesar de rápido, é ponderado e discutido em pontos de situação para os quais são convidados profissionais relevantes para a discussão, tanto da área da arquitectura como de outras disciplinas.

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